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Yom Rabin

5785 / 2025

12 de Cheshván  /  26 a 27 de  Novembro

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No dia 12 de Ḥeshván, segundo mês do ano judaico, é celebrado o Dia em Memória de Yitzḥak Rabin (1922-1995), assassinado no dia 4 de novembro de 1995 durante um enorme comício pela paz em uma praça de Tel Aviv. Ao cometer o assassinato que chocou o país, o criminoso, um israelense de extrema-direita, expressou a forte oposição de seus correligionários aos acordos de paz de Oslo, que Rabin havia ajudado a negociar. Este atentado político teve repercussões muito ruins para o Estado de Israel em particular e para o processo de paz no Oriente Médio em geral, que até hoje permanece estagnado.

Rabin serviu como chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF) durante a Guerra dos Seis Dias em 1967 e era uma figura central na política israelense. 25 anos depois, já no seu segundo mandato como Primeiro-Ministro, destacou-se por suas iniciativas pela paz com os palestinos. Os Acordos de Oslo, assinados em 1993 e ratificados em 1995, representavam um avanço significativo na busca por uma solução para o conflito.

O assassinato de Rabin ocorreu enquanto ele discursava diante de milhares de pessoas em uma praça de Tel Aviv. Emocionado, discorria sobre a importância do processo de paz. Foi quando o extremista igal amir, furou a segurança e disparou três tiros a queima-roupa, matando o primeiro-ministro. O ato escancarou as divisões dentro da sociedade israelense, entre aqueles que apoiam os esforços de paz e os que são céticos ou hostis a estes, tornando as negociações de paz subsequentes muito mais difíceis e ainda sem solução.

Yom Rabin é lembrado anualmente com cerimônias e eventos que buscam homenagear o legado de Yitzḥak Rabin e refletir sobre a importância do processo de paz. O dia serve para que os israelenses considerem o impacto de seu assassinato e a necessidade contínua de buscar soluções para o conflito que ele buscava resolver. Além disso, é um lembrete dos perigos da radicalização do discurso e de atos decorrentes do extremismo político, bem como da importância de se insistir em um diálogo aberto e respeitoso em busca da paz.

Mais do que um dia em memória, Yom Rabin deve servir para reafirmarmos o compromisso com os princípios de paz e coexistência que Yitzḥak Rabin representava; e para refletir sobre os desafios contínuos na construção de um futuro mais pacífico e seguro entre o Estado de Israel e os países vizinhos.

Rabino Uri Lam

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